quarta-feira, 17 de março de 2010

Sugestões de Atividades

1. Apresentação
Tamanho do grupo: 20 a 30 pessoas.
Tempo: 45 minutos.
Descrição: O coordenador explica que a dinâmica é feita para o conhecimento de quem é quem no grupo, e se pretende fazer apresentação a dois, para isso se formam pares desconhecidos que durante uns minutos esses pares se entrevistem, após a entrevista feita pelos pares volta ao grupo, e nisso cada pessoal fará apresentação da pessoa que foi entrevistada, não podendo fazer a sua própria apresentação. Quem estiver sendo apresentado vai verificar se as informações a seu respeito estão corretas conforme foi passada na entrevista. Termina com uma reflexão sobre a validade da dinâmica.

2. Construção do boneco
Participantes: Apenas 26 pessoas.
Tempo Estimado: 30 minutos.
Material: Pincel, tesoura e fita adesiva.
Descrição: O coordenador da dinâmica deve montar dois grupos, com 13 pessoas em cada um.
O primeiro grupo deverá montar um boneco, usando folhas de jornal, mas trabalhando em equipe. Para isso, deverá trabalhar em um canto da sala onde não possam ser visualizados pelas pessoas que não participam dos grupos.
O segundo grupo deverá montar o mesmo boneco. Cada pessoa do grupo deverá confeccionar uma parte do boneco, onde não poderão dizer para ninguém que parte é a sua e nem mostrar (para que isto ocorra é recomendado que sentem longe um dos outros). O Boneco deve ser confeccionado na seguinte ordem:
1ª pessoa: cabeça.
2ª pessoa: orelha direita.
3ª pessoa: orelha esquerda.
4ª pessoa: pescoço.
5ª pessoa: corpo (tronco).
6ª pessoa: braço direito.
7ª pessoa: braço esquerdo.
8ª pessoa: mão direita.
9ª pessoa: mão esquerda.
10ª pessoa: perna direita.
11ª pessoa: perna esquerda.
12ª pessoa: pé direito.
13ª pessoa: pé esquerdo.
Dar um tempo de aproximadamente 10 minutos para a montagem dos bonecos. Os participantes do segundo grupo não poderão ser visualizados, de modo que irão confeccionar partes de tamanhos diferentes, porque não trabalharam em equipe.
Pedir para as equipes montar na parede, com a ajuda de uma fita adesiva, seus respectivos bonecos.
Conseqüências:
A 1ª equipe terá um boneco mais uniforme, formado de partes proporcionais;
A 2ª equipe, por não terem trabalhado juntos. Fez seu boneco com braços, pernas e outros membros de tamanho desproporcionais.
Pedir para os grupos falarem o que observaram, bem como as pessoas que não participaram dos grupos, e que conclusão tiraram disso tudo.

3. Nome perdido
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 25 minutos.
Material: Um crachá para cada pessoa do grupo e um saco ou caixa de papelão para colocar todos os crachás.
Descrição: O coordenador devera recolher todos os crachás colocar no saco ou na caixa; misturar bem todos estes crachás, depõe dê um crachá para cada pessoa. Esta deverá encontrar o verdadeiro dono do crachá, em 1 minuto.
Ao final desse tempo, quem estiver ainda sem crachá ou com o crachá errado, azar! Porque terá que pagar uma prenda.

4. Pessoas balões
Participantes: Indefinido.
Tempo Estimado: 15 minutos.
Material: Um balão cheio e um alfinete.
Descrição: O coordenador deve explicar aos participantes por que certas pessoas em determinados momentos de sua vida, se parecem com os balões:
Alguns estão aparentemente cheios de vida, mas por dentro nada mais têm do que ar;
Outros parecem ter opinião própria, mas se deixam lavar pela mais suave brisa;
Por fim, alguns vivem como se fossem balões cheios, prestes a explodir; vasta que alguém os provoque com alguma ofensa para que (neste momento estoura-se um balão com um alfinete) "estourem".

Pedir que todos dêem sua opinião e falem sobre suas dificuldades em superar críticas e ofensas.


5. Dois Círculos
Participantes: Indefinido, mas é importante que seja um número par de pessoas.
Se não for o caso, o coordenador da dinâmica pode requisitar um “auxiliar”.
Tempo Estimado: 30 minutos.
Material: uma música animada, tocada ao violão ou com gravador.
Objetivo: motivar um conhecimento inicial, para que as pessoas aprendam aos menos o nome das outras antes de se iniciar uma atividade em comum.
Descrição: formam-se dois círculos, um dentro do outro, ambos com o mesmo número de pessoas. Quando começar a tocar a música, cada círculo gira para um lado. Quando a música pára de tocar, as pessoas devem se apresentar para quem parar à sua frente, dizendo o nome e alguma outra informação que o coordenador da dinâmica achar interessante para o momento.
Repete-se até que todos tenham se apresentado. A certa altura, pode-se, também, misturar as pessoas dos dois círculos para que mais pessoas possam se conhecer.
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6. Memorizar nomes (apresentação)

Objetivos: Memorizar os nomes dos membros de um grupo. Integrar melhor o grupo favorecendo o conhecimento mútuo.

Procedimentos: É bom que todos estejam em círculo.
Cada um dirá seu próprio nome acrescentando um adjetivo que tenha a mesma inicial seu nome. Por exemplo: Ricardo risonho.
O seguinte repete o nome do companheiro com o adjetivo e apresenta-se acrescentando um adjetivo ao próprio nome. E assim sucessivamente. Por exemplo: Ricardo risonho, Ana alegre, Mário moreno ....
Ao final partilha-se a experiência: como cada um se sentiu ao dizer o próprio nome, o adjetivos, etc..
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7. Minha outra metade está em você

Objetivos: Promover a aproximação das pessoas do grupo, incentivar o diálogo e novas amizades.

Material: Cartelas de cores variadas, tamanho aproximadamente de 10 x 15 cm, em número suficiente, de modo a não faltar prá ninguém.
Escrever em cada cartela, uma frase significativa (pode ser parte de uma música, versículo bíblico, um pensamento, uma palavra apenas, etc.)
Exemplos:
“Eu sem você, só sou desamor.”
“Você é especial para mim.”
“Nada se compara à nossa amizade.”
“Amigo é coisa prá se guardar...”
Cortar as cartelas ao meio, de modo que a frase fique dividida.

Processo: Inicia-se com a distribuição das duas metades das cartelas, tendo o cuidado para que todos recebam.
Estabelecer um tempo para as pessoas procurarem suas metades.
À proporção que cada dupla se encontrar, procurará um lugar para conversar: o ponto de partida é a frase escrita na cartela.
Após dez minutos, mais ou menos, o facilitador solicita que algumas duplas falem sobre a experiência ( o que sentiram como foi o encontro, etc.).
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8. Posso entrar?

Objetivos: Promover o entrosamento dos membros do grupo que estiverem mais “deslocados” e levar os participantes a refletirem sobre as razões que levam um grupo a ser “fechado”, de difícil acesso.

Material: Não é necessário.

Processo: Uma vez percebido quem está deslocado no grupo, o facilitador orienta a formação de um círculo ( ou mais de um, se for o caso), onde os participantes ficam com os braços entrelaçados fortemente.
As pessoas que irão formar o círculo deverão ser convidadas uma a uma, justamente para deixar de fora aquelas que irão tentar entrar no círculo.
Após a formação do círculo, cada pessoa que estiver fora vai tentar entrar.
A função dos que estiverem formando o círculo é não permitir, sob hipótese nenhuma, a entrada do “intruso” no círculo.
Tendo conseguido ou não, o facilitador deve substituir a pessoa que tentou entrar no círculo (se for mais de uma que ficou sentada), até que todas tenham participado.
Ao final, todos sentam no chão e é aberto espaço para o questionamento:
Quais os sentimentos experimentados durante o exercício?
Qual a sensação de não ser escolhido para participar do círculo?
O que você sentiu ao não conseguir entrar no grupo?
O que você sentiu ao conseguir?
Durante o questionamento, o facilitador deve (se não tiver acontecido) promover o entrosamento, de forma calorosa, dessa(s) pessoa(s) ao grupo.
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9. Relâmpago

Objetivos: Desfazer as “panelinhas” , formar novas parcerias e amizades e descontrair e “acordar” o grupo.

Material: Não é necessário.

Processo: O facilitador solicita que peguem suas ‘bagagens” ( bolsas, material, pastas, etc.).
“Observe e grave quem é a pessoa que está à sua direita e à sua esquerda.
Vou contar, até cinco e todos deverão trocar de lugar, de modo que ninguém fique perto de quem estava antes.
Quem se sentar por último paga uma prenda.”
Quando estiverem novamente acomodados:
“ Cumprimente e dê boas vindas ao seu novo vizinho.”

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10. Caixinha de surpresas

Objetivos: Despertar e exercitar a criatividade do grupo.

Material: Caixinha com tiras de papel onde se deve escrever previamente algumas tarefas engraçadas, som com cd ou gravador.

Processo: Formar um círculo. A caixinha deverá circular de mão em mão, até que o som da música pára simultaneamente.
Aquele que estiver com a caixinha no momento em que a música parar, deverá tirar de dentro da caixinha uma papeleta coma tarefa e executá-la.
Continuar a brincadeira até enquanto estiver interessante.
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11. Procurando um coração...
Material Necessário: Corações de cartolina cortados em duas partes de forma que uma delas se encaixe na outra. Cada coração só poderá encaixar em uma única metade.
Distribuir os corações já divididos de forma aleatória. Informar que ao ouvirem uma música caminharão pela sala em busca de seu par. Quando todos encontrarem seus pares, o educador irá parar a música e orientar para que os participantes conversem.
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12. Eu sou... e você, quem é?

Formar uma roda, tomando o cuidado de verificar se todas as pessoas estão sendo vistas pelos demais colegas. Combinar com o grupo para que lado a roda irá girar. O educador inicia a atividade se apresentando e passa para outro. Por exemplo: "Eu sou João, e você, quem é?" "Eu sou Márcia, e você, quem é?" "Eu sou Lívia, e você quem é?"
A dinâmica pode ser feita com o grupo sentado sem a roda girar.
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13. Dinâmica: casa, morador e terremoto

Objetivo: cooperação, atenção, agilidade e descontração; Material: nenhum; Intensidade: moderada;
Desenvolvimento: formar trios, mais 1 ou 2 pessoas que devem ficar de fora dos trios; O animador pede que sejam formados trios, sendo que em cada trio ficam duas pessoas uma de frente para outra de mãos dadas e uma terceira pessoa no meio das duas . Após formados todos os trios, terá que sobrar uma ou duas pessoas. O animador vai descrevendo os papéis de cada um. Aqueles que estão no trio, no meio das duas pessoas serão os MORADORES, os que estão de mãos dadas serão as CASAS e aquele que sobrou deverá, após o comando, fazer parte de uma CASA ou ser um MORADOR.
Os comandos:
1º) Quando o animador falar MORADOR, os MORADORES de cada trio deverão sair de suas CASAS e procurar outra CASA, aquele que estava de fora vai aproveitar para procurar uma nova CASA.
2º) Quando o animador falar CASA, as CASAS deverão deixar seus MORADORES e procurar outro MORADOR, mas só pode sobrar uma pessoa, se sobrar duas pessoas os integrantes da CASA poderão virar um MORADOR.
3º) Quando o animador falar TERREMOTO aí vai ser uma bagunça geral, tanto os MORADORES quanto as CASAS deverão se desmanchar por completo e formar novas CASAS e novos MORADORES.

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14. A viagem
Objetivos:
•Levantar as expectativas dos alunos em relação ao ano letivo;
•Acolher o novo grupo;
•Ornamentar a sala de aula de maneira significativa.
Procedimento:
•O professor afixa na parede da sala um painel com uma paisagem de fundo. No mesmo deve estar escrito: Sejam bem-vindos à viagem do saber!
•A paisagem de fundo pode ser: marítima, celeste, florestal, etc.

•A proposta é construir o painel com o grupo.
•Sendo paisagem marítima, propor que cada aluno faça a dobradura de um barco e imaginem a viagem decorando-o livremente e escrevendo uma palavra ou frase o que espera alcançar durante a mesma, ou seja, quais são suas expectativas em relação ao ano letivo.
•Sendo celeste podem ser confeccionados pequenos aviões de papel.
•O fundo florestal permite que cada um escolha um animal ou planta com o qual se identifica e construa da mesma forma: dobrando, recortando, colando...
•O importante é que os alunos expressem seus sentimentos e desejos. Com tudo pronto oportunizar um momento agradável onde cada um prenderá o que construiu no painel de boas-vindas interativo, apresentando-se à turma.
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15. Balões Mágicos (dinâmica)

Separe um balão e um pedaço de papel para cada aluno.
Peça para cada criança escrever seu nome no papel e colocá-lo dentro do balão.
Todos deverão encher o balão e quando terminarem a proposta é que brinquem um pouco, jogando os balões para cima, deixando que se misturem com os outros...
Ao sinal da professora cada um deverá pegar um balão e estourar.
Depois que virem o nome do colega que pegaram, cada aluno irá fazer um crachá para ele, desenhando o que quiser. Para tal é necessário deixar material à disposição dos alunos (em uma mesa na sala) giz de cera, canetinhas hidrocor, cola colorida, tintas, retalhos, etc. Ao findar da brincadeira, cada criança irá revelar quem é seu "colega secreto" e escrever o nome.

Variante: Essa proposta também pode ser realizada em alguma aula de arte, onde ao invés de fazer um crachá para o colega, o aluno simplesmente fará um desenho que ache a cara do colega...

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16.Escravos de Jó (descontração)

Formar um círculo - todos de pé cantarão a música escravos de Jó, porém ao invés de moverem algum objeto o movimento será feito com o próprio corpo.
Combinar antecipadamente que o movimento se dará através de pulos com os dois pés juntos iniciando para a direita.

Objetivo: o entrosamento para o sucesso das atividades.
Então ao cantar:
Escravos de Jó – pular para a direita
jogavam caxangá - pular para a direita
Tira - pular para a esquerda
põe, - pular para a direita
deixa ficar... - ficar parado
Guerreiros – pular para a direita
com guerreiros- pular para a direita
fazem zigue - pular para a direita
zigue – pular para a esquerda
zá – pular para a direita
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17.Grande Abraço (dinâmica)

Coloque uma música de fundo e peça para que os alunos andem aleatoriamente.
Sem seguida peça para que formem duplas e após pedir para que se abracem. Devem voltar a caminhar só que agora em duplas. Como próximo comando pedir para que as duplas se abracem formando grupos de quatro integrantes e assim sucessivamente até formar um grande abraço com toda a turma.
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18.Espírito de Equipe


Objetivo: confiança que temos que ter no amigo, espírito de equipe e valorização de pessoas.

Pedir para o grupo se posicionar um de costas para o outro, ombro a ombro. Em seguida pedir para que cada dupla se abaixe até o chão sem colocar as mãos no chão. Alguns vão cair, outros vão conseguir.
Fechar falando da confiança que temos que ter no amigo, sobre o espírito de equipe e valorização das pessoas.
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19.Saco surpresa

Idade = De 6 a 8 anos
Material = Saco de pano, canetão preto, papel canson, contact e tesoura.
Atividade
O professor deverá recortar quadrados de 5cm por 5cm e dento deles escrever em letras grandes os encontros consonantais: bl, br, cl, cr, dr, fl, fr, gl, gr, pl, pr, tl, tr, vr e os dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, gu, qu, sc, sç, xc. Após isso passar contact em cima dos quadrados e colocá-los em um saco. O professor irá passar o saco e cada criança deverá pegar um cartão, ela deverá dizer uma palavra que tenha ou o encontro consonantal ou o dígrafo. Se acertar marca um ponto, se erra não marcará nada.
Objetivos:
- Integrar a sala;
- Atenção;
- Percepção auditiva;
- Percepção visual;
- Imaginação;
- Aquisição de linguagem.

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20.Obstáculos com garrafas

Idade = 3 a 6 anos
Material = Garrafas de 2 litros de Coca-Cola, àgua, anelina, glitter.
Atividade
O professor deverá pedir para cada aluno trazer de casa uma garrafa de Coca-Cola, juntos encherão a garrafa de àgua, colocarão anelina e glitter. As garrafas ficarão coloridas e brilhantes, servirá também para trabalhar cores com as crianças, mas o objetivo delas é fazer de obstáculos. O professor colocará as garrafas na disposição que quiser em zig-zag ou formando uma reta dando um espaço entre elas para que as crianças possam passar por elas. Uma de cada vez elas deverão andar desviando dos obstáculos, depois correrem, após isso o professor deve formar duplas que irão correr de mãos dadas e por último formar um trem que passará pelo mesmo caminho que fizeram ora sozinhos, ora acompanhados.
Objetivos:
- Integrar o grupo;
- Percepção visual;
- Observação;
- Atenção;
- Coordenação motora ampla;
- Orientação espacial.
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21. Olho mágico

Idade = A partir dos 3 anos
Material
= Papel cartão, figuras de animais objetos, brinquedos, etc.
Atividade
A professora deverá fazer um buraco bem pequeno no centro do papel cartão, em seguida colocará a figura embaixo do papel cartão, deixando a mostra só uma parte, as crianças tentarão adivinhar o que é o nome do que está debaixo do papel, ou seja, conseguir adivinhar a figura através do buraco.

Objetivos:
- Percepção visual;
- Coordenação visual e manual;
- Destreza manual;
- Observação;
- Imaginação;
- Fazer comparações;
- Reconhecimento de formas.
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22.Ordens contrárias

Idade = A partir dos 6 anos
Atividade
O condutor deve colocar as crianças enfileiradas na posição horizontal e dar ordens para as crianças, porém as crianças devem fazer exatamente o contrário que o condutor mandar, se alguma criança obedecer a ordem será eliminada.
Objetivos:
- Integração da sala;
- Atenção;
- Rapidez;
- Agilidade;
- Compreensão;
- Percepção auditiva.
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23. Palavra chave

Idade = 3 a 6 anos
Atividade
O professor deverá falar uma palavra chave, ele contará uma história, todas as vezes que está palavra for dita as crianças deverão bater palmas ou outro som a ser determinado pelo condutor.
Objetivos:
- Integrar a sala;
- Atenção;
- Percepção auditiva;
- Lingüagem oral.

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24. Palavra surpresa

Idade = 9 a 12 anos
Material = Nenhum
Atividade
O professor deve colocar um aluno para fora da sala. Os que permanecerem vão escolher uma palavra (concreta ou abstrata), depois que todos souberem qual é a palavra o aluno que estava fora da sala deve entrar e fazer perguntas aos colegas para poder adivinhar qual a palavra escolhida, porém, os alunos só poderão responder "sim ou não". O aluno ganhará um ponto se acertar a palavra e retornará ao seu lugar se após 3 tentativas ele não descobrir a palavra secreta. OBS: Se a classe for muito numerosa o aluno só poderá perguntar uma vez para cada aluno, mas se a classe for pequena o professor deve conduzir o final das perguntas.

Objetivos:
- Integração do grupo;
- Imaginação;
- Concentração;
- Habilidade em memorizar dados;
- Capacidade de dedução.
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26. Palavras ao vento

Idade = A partir dos 9 anos
Atividade
Um aluno escreverá uma palavra bem lentamente no ar, os outros alunos deverão descobrir que palavra ele escreveu. Quando ele terminar, cada aluno na sua vez dirá o que ele escreveu, para cada aluno que acertar marcará um ponto, se caso ninguém acertar, o aluno não passa a sua vez e continua a escrever, mas se alguém acertar ele passará sua vez para o próximo.

Objetivos:
- Integrar a sala;
- Observação;
- Atenção;
- Percepção visual;
- Imaginação.
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27. Palavras escondidas

Idade = 5 a 7 anos
Atividade
O professor deverá pedir aos alunos que pensem em uma palavra e que dentro dela contenha outra, por exemplo:
MAMÃO - MÃO
CARVALHO - ALHO
METALÚRGICO - METAL.
O professor deverá estipular 2 minutos para eles pensarem, para os alunos que acertarem 1 ponto, os que não conseguir pagarão uma prenda.
Objetivos:
- Integrar a sala;
- Percepção auditiva;
- Atenção;
- Análise.
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28. Palavras na sequência

Idade = 6 a 10 anos
Atividade
As crianças devem estar dispostas da maneira que quiserem. Uma criança falará o nome de um objeto, a seguinte fala o mesmo e acrescenta mais um e assim consequentemente, elas não podem alterar a ordem da palavras e nem repeti-las, se isso ocorrer a criança que errar sai do jogo e espera o fim para retornar.

Objetivos:
- Integrar o grupo;
- Atenção;
- Memorização;
- Percepção auditiva;
- Seqüência.
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29. Palavras proibidas

Idade = 9 a 12 anos
Atividade
O professor deve falar a classe quais são as palavras proibidas que será: não, sim e porque. Vai escolher um aluno que vai ser interrogado pelos demais colegas, que irão fazer perguntas que induzirá a criança interrogada a falar as palavras proibidas, quando este errar deverá pagar uma prenda e dar a vez a outro colega.
Objetivos
- Integração do grupo;
- Atenção;
- Observação;
- Elaboração de perguntas;
- Raciocínio;
- Percepção auditiva;
- Pensamento crítico;
- Aquisição de linguagem.
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30. Para que serve

Idade = 4 a 7 anos
Material = Nenhum
Atividade
O professor deverá imaginar um objeto e fazer a seguinte pergunta: Este objeto serve para pintar ? As crianças deverão tentar adivinhar dizendo os objetos que lhe vier a mente: canetinha, lápis de cor, giz de cera, pincel, etc. O professor deverá fazer várias perguntas, dificultando na medida do possível. O aluno que acertar ganhará um ponto, vencerá o que tiver mais pontos.
Objetivos:
- Integrar o grupo;
- Imaginação;
- Linguagem oral.
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31. Passagem pelos vãos

Idade = A partir dos 6 anos
Material = Garrafas de plástico vazias e uma bola.
Atividade
O condutor deverá colocar as garrafas de plástico a uma boa distância uma da outra (dependendo da habilidade dos jogadores), em uma reta paralela. Os jogadores deverão jogar a bola rastejando no chão e tentar não atingir as garrafas de plástico, as crianças que conseguirem mais vezes passar pelos vãos das garrafas ganharão o jogo.
Objetivos:
- Integrar o grupo;
- Coordenação visomotora;
- Coordenação motora;
- Atenção;
- Orientação espacial;
- Precisão no arremesso.
Autoavaliação: COMO ME SINTO EM RELAÇÃO À EQUIPE.

Aos tópicos a seguir listados, atribua grau 1, 2, 3 ou 4 considerando:
1 – nunca
2 – raramente
3 – algumas vezes
4 – frequentemente


1.Sou ouvido e respondido ( )
2.Sou comprometido com as decisões. ( )
3.Percebo hostilidade entre as pessoas. ( )
4.Tenho oportunidade de aprender sobre minha própria pessoa (autoconhecimento). ( )
5.Percebo disputa pela liderança. ( )
6.Tenho oportunidade de desenvolver características pessoais necessárias a um trabalho coletivo. ( )
7.Tenho oportunidade de aprender sobre outras pessoas. ( )
8.Confio nos membros da equipe. ( )
9.Sinto-me indiferente no trabalho que está sendo realizado. ( )
10.Odeio as informações porque são incompletas. ( )
11.Percebo as “panelinhas” que são formadas. ( )
12.Vejo que os mal-entendidos são postos debaixo dos tapetes. ( )
13.Aceito as diferenças pessoais e aprendo com elas. ( )
14.Detesto ouvir bobagens. ( )
15.Sei ouvir. ( )
16.Sinto que minhas opiniões não são levadas a sério. ( )
17.Sei falar. ( )
18.Sinto-me satisfeito. ( )
19.Percebo que ninguém sabe o papel que lhe cabe. ( )
20.Sinto-me desmotivado. ( )

a)Some os pontos das afirmativas 1, 2, 4, 6, 7, 8, 13, 15, 17, 18 e divida o total por 10.
b)Some os pontos das afirmativas 3, 5, 9, 10, 11, 12, 14, 16, 19, 20 e divida o total por 10.

•Se no primeiro grupo (a) você obteve entre 3 e 4, pode se considerar membro de um equipe.
•Se no segundo grupo (b) você obteve entre 3 e 4, pergunto-lhe: onde está a equipe?
ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO
Dra Sônia Maria Santos
... Aprender a ler, a escrever, alfabetizar-se é, antes de mais
nada, aprender a ler o mundo, compreender o seu contexto,não numa
manipulação mecânica de palavras, mas numa relação dinâmica
que vincula linguagem e realidade.
(Paulo Freire)


Durante muito tempo, pensava-se que ser alfabetizado era conhecer o código linguístico, ou seja, conhecer as letras do alfabeto. Atualmente, sabe-se que, embora seja necessário, o conhecimento das letras não é suficiente para ser competente no uso da língua escrita. A língua não é um mero código para comunicação. A linguagem é um fenômeno social, estruturado de forma dinâmica e coletiva e, portanto, a escrita também deve ser vista do ponto de vista cultural e social. Para dar conta desse processo de inserção numa cultura letrada, tal como a atual, utiliza-se atualmente a palavra letramento.
A alfabetização (ou o conhecimento das letras) é apenas um meio para o letramento (uso social da leitura e da escrita). Para formar cidadãos participativos, é preciso levar em consideração a noção de letramento e não de alfabetização. Letrar significa inserir a criança no mundo letrado, trabalhando com os diferentes usos de escrita na sociedade. Essa inserção começa muito antes da alfabetização propriamente dita, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social: os pais leem para ela, a mãe faz anotações, os rótulos indicam os produtos, as marcas ressaltam nas prateleiras dos supermercados e na despensa em casa.
O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento adquirido incidentalmente no dia-a-dia. A escola deve continuar o desenvolvimento das crianças nesse processo, evitando as práticas que tornam a criança alfabetizada, com conhecimento do código, mas incapaz de compreender o sentido dos textos. O professor deve tomar alguns cuidados para envolver o aluno no processo de construção da escrita, tais como:
• Criar um ambiente letrado, em que à leitura e a escrita estejam presentes mesmo antes que a criança saiba ler e escrever convencionalmente.
• Considerar o conhecimento prévio das crianças, pois, embora pequenas, elas levam para a escola o conhecimento que advém da vida.
• Participar com as crianças de práticas de letramento, ou seja, ler e escrever com função social.
• Utilizar textos significativos, pois é mais interessante interagir com a escrita que possui um sentido, constitui um desafio e dá prazer.
• Utilizar textos reais, que circulam na sociedade.
• Utilizar a leitura e a escrita como forma de interação, por exemplo, para informar, convencer, solicitar ou emocionar.
Quando se considera a importância do letramento, ficam de lado os exercícios mecânicos e repetitivos, baseados em palavras e frases descontextualizadas. O enfoque está no aluno que constrói seu conhecimento sobre a língua escrita e não no professor que ensina. Na escola, a criança deve prosseguir a construção do conhecimento iniciada em casa e interagir constantemente com os usos sociais da escrita. O importante não é simplesmente codificar e decodificar, mas ler e escrever textos significativos.
Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. Os estudos sobre o letramento, desse modo, não se restringem somente àquelas pessoas que adquiriram a escrita, isto é, aos alfabetizados. Buscam investigar também as consequências da ausência da escrita a nível individual, mas sempre remetendo ao social mais amplo, isto é, procurando, entre outras coisas, ver quais características da estrutura social têm relação com os fatos postos.
A ausência tanto quanto a presença da escrita em uma sociedade são fatores importantes que atuam ao mesmo tempo como causa e consequência de transformações sociais, culturais e psicológicas às vezes radicais.
Para Vygotsky (1984), o letramento representa o coroamento de um processo histórico de transformação e diferenciação no uso de instrumentos mediadores. Representa também a causa da elaboração de formas mais sofisticadas do comportamento humano que são os chamados “processos mentais superiores”, tais como: raciocínio abstrato, memória ativa, resolução de problemas etc. Em termos sociais mais amplos, o letramento é apontado como sendo produto do desenvolvimento do comércio, da diversificação dos meios de produção e da complexidade crescente da agricultura. Ao mesmo tempo, dentro de uma visão dialética, torna-se uma causa de transformações históricas profundas, como o aparecimento da máquina a vapor, da imprensa, do telescópio, e da sociedade industrial como um todo.
Vivemos inseridos num mundo diferente daquele de vinte, trinta anos atrás. Nossa sociedade está cada vez mais globalizada, mais complexa, exigindo um aprimoramento constante, criando novas necessidades.
Há alguns anos, as pessoas eram classificadas em alfabetizadas ou analfabetas, pela condição de saber, ou não, escrever o próprio nome - condição para que se pudesse votar e escolher os governantes.
Na década de oitenta, surgiu o termo “analfabetismo funcional” para designar as pessoas que, sabendo escrever o próprio nome e identificar letras, não sabiam fazer uso da leitura e da escrita no seu cotidiano. A medida era o tempo de permanência nas escolas, com menos de quatro anos considera-se que o indivíduo não tenha se apoderado da leitura e da escrita, sendo, portanto, analfabeto funcional.
Mas observou-se que, mesmo dentre os que permaneciam por mais tempo nas escolas, alguns não eram capazes de interagir e se apropriar da leitura e escrita. Criou-se então, o termo letramento, para designar esta nova condição.

Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; já o indivíduo letrado, o indivíduo que vive em estado de letramento, é não só aquele que sabe ler e escrever, mas aquele que usa socialmente a leitura e a escrita, pratica a leitura e a escrita, responde adequadamente às demandas sociais de leitura e de escrita (SOARES, 1998, p. 22).

Surge então, a necessidade de as escolas repensarem o seu papel social. Não apenas alfabetizar. Não apenas fazer com que o indivíduo permaneça na escola por mais tempo. Mas dar qualidade a esse tempo de permanência nas escolas. Ou seja, letrar os seus alunos. Pois o letramento possibilita que o indivíduo modifique as suas condições iniciais, sob os aspectos: social, cultural, cognitivo e até mesmo o econômico.
QUESTÕES PARA REFLEXÃO:
 Se o professor valoriza o letramento, que atividades de leitura e de escrita serão
desenvolvidas na sala de aula?
 Como deve ser o ambiente de uma sala de primeira série do ensino fundamental?
 Quais mudanças sociais e discursivas ocorrem em uma sociedade quando ela se torna
letrada?
 Grupos sociais não-alfabetizados que vivem em uma sociedade letrada podem ser
caracterizados do mesmo modo que aqueles que vivem em sociedades “iletradas”?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. São Paulo. 41ª ed.Cortez. 2001.
SOARES, Magda B. Letramento, um tema em três gêneros, Belo Horizonte, Ed. Autêntica, 1998.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e Alfabetização. São Paulo, Cortez, 1995, p.20 –22.

Lições & Metáforas

1.A lição de Alice

Leia antes o texto é de Lewis Carroll, novelista inglês, autor de dois livros clássicos contendo as histórias de Alice.

Um dia, Alice chegou em uma encruzilhada na estrada e viu um árvore.
- Que estrada eu tomo agora? – perguntou.
O gato respondeu, perguntando:
- Para onde você quer ir?
- Não sei – respondeu Alice.
- Então – disse o gato – não faz diferença.
JOGO RÁPIDO
O que você aprendeu com Alice?

2.A lição do jardineiro
Autor desconhecido (Adaptação)
Nos Estados Unidos, a maioria das residências de classe média alta tem por tradição um belíssimo gramado na frente, e diversos jardineiros para fazer a manutenção. Um dia, um executivo de marketing de uma grande empresa contratou um desses jardineiros.
Chegando em casa, o executivo viu que era um garoto de apenas 15 ou 16 anos, mas como já estava contratado, pediu para que o garoto executasse o serviço. Quando já havia terminado, o garoto solicitou ao executivo permissão para utilizar o telefone, no que foi prontamente atendido.
- A senhora está precisando de um jardineiro?
- Não. Eu já tenho um. – foi a resposta.
- Mas, além de aparar a grama, eu também tiro o lixo.
- Isso o meu jardineiro também faz. – disse a voz do outro lado.
- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço – disse ele.
- Mas o meu jardineiro também o faz. – insistia a senhora.
Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.
- Bom, mas o meu jardineiro também me atende prontamente.
- O meu preço é um dos melhores.
- Não, muito obrigado! O preço do meu jardineiro é muito bom.
Desligando o telefone, o executivo lhe disse:
- Meu rapaz, você perdeu um cliente.
- Nada disso – respondeu o garoto, com um leve sorriso. - Eu sou o jardineiro dela. Eu apenas estava medindo o quanto ela estava satisfeita. Duas vezes por ano, eu faço isso.
JOGO RÁPIDO
O que você aprendeu com o jardineiro?

3. A lição da costureira

Uma cliente atende a ligação de sua costureira, que está lhe pedindo para dar uma passadinha no ateliê e tirar as medidas para um novo vestido. Diz:
- Zélia, não vai dar. Tenho pressa desse vestido, mas estou sem a mínima condição de passar aí.
- Mas como vou fazer um vestido sem tirar as medidas? – responde a costureira.
- Pode usar as medidas que você tirou para o último vestido. Ainda não tem um ano. – negocia a cliente.
- Isso eu não posso fazer, D. Márcia – volta a costureira.
- O que foi, Zélia? Você não confia nas suas medidas? – insiste a cliente.
- Nelas eu acredito. Eu não confio é no seu corpo.
JOGO RÁPIDO
O que você aprendeu com a costureira?

Para refletir!

VOCÊ pode...

Mostrar a direção,

auxiliar a arrumar o fardo,

mas não caminhar pelo outro.

Projeto de Leitura "Interdisciplinaridade em Ação"

I – APRESENTAÇÃO

“Semeia um pensamento e colherás um desejo;
Semeia um desejo e colherás a ação;
Semeia a ação e colherás um hábito;
Semeia o hábito e colherás o caráter”.
Tihamer Toth


O espaço escolar como meio transformador e mediador de conhecimentos, de habilidades e competências, deve se apropriar do seu papel estimulador de leitor e escritor, priorizando a sensibilidade e a imaginação literária, buscando nos diversos textos a expansão dos sentimentos mais nobres e profundos.
O ato de ler é uma atividade complexa que acima de tudo significa refletir, opinar, discutir, compreender, posicionar-se... Enfim, não está em pauta apenas a simples decodificação, mas a apreensão de informações explícitas e implícitas nos textos como construção de conhecimento em diferentes níveis de compreensão, análise e interpretação.
Pensando assim, é que se propõe através do projeto de leitura “Interdisciplinaridade em Ação”, um trabalho conjunto de leitura entre professores, alunos, direção e coordenação pedagógica do Colégio Profª Nice Públio da Silva Leite, oportunizando assim que os alunos vivenciem, de forma dinâmica e prazerosa, as diversas possibilidades de leitura com foco em diferentes gêneros textuais, intensificando o gosto e o interesse pela mesma, além de proporcionar a interdisciplinaridade com as diversas áreas do conhecimento.
Por fim, cabe ainda lembrar que o ato da leitura deve voltar-se para a proposição de que “ser competente no uso da língua significa saber interagir, por meio de textos, em qualquer situação de comunicação” (MEC 1997, p. 53). Assim, o ensino da língua exerce a sua função social, a de ingressar o indivíduo no mundo letrado, construindo seu processo de cidadania e participar da sociedade como ser participante e atuante.
Encontra-se neste projeto ações sistematizadas para a prática pedagógica, cabendo ao professor fazer as modificações necessárias conforme sua criatividade e o nível dos alunos.


II - JUSTIFICATIVA

A escola tem buscado, a cada dia, desempenhar o seu real papel na sociedade, que é de formar cidadãos críticos, conscientes e participativos para enfrentar as dificuldades encontradas no seu cotidiano. Nesse sentido, busca-se desenvolver no educando a capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura e da escrita.
Segundo Monteiro Lobato, “quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê”, portanto, a necessidade da leitura é imprescindível, pois lê-se para viver melhor, para se informar, para inserir na sociedade e se constituir em um leitor eficiente.
Atualmente vive-se a problemática da baixa qualidade no desempenho dos alunos em relação à leitura. Daí uma questão fundamental para que o ensino leve o educando a compreender o texto escrito e, consequentemente, a língua nas suas diversidades buscando nas poesias, nos contos de fadas, ou seja, em diversos gêneros textuais, uma forma prazerosa de despertar o gosto e o prazer pela leitura, uma vez que “é nessa ‘viagem’ de possibilidades que a garotada exercita os tais comportamentos de leitores e escritores” (MOÇO, 2009, p. 52).
No intuito de se tornar as atividades pedagógicas mais significativas para os educandos da Educação Infantil a 4ª série do Ensino Fundamental do Colégio Profª Nice Públio da Silva Leite é que se faz necessário, através da execução deste projeto, propiciar condições para que cada um desenvolva a sua sensibilidade e sua capacidade de ler e produzir textos com criatividade, inserindo-se no mundo da leitura e da escrita, sendo a escola a grande responsável por essa inserção, promovendo assim, a sua participação na sociedade.
Para tanto, este projeto propõe uma metodologia dinâmica, enriquecida, não apenas de conhecimentos programáticos, mas de habilidades e atitudes que deem ao educando formação e informação necessárias às exigências do dia-a-dia. Pois, não se pode mais conceber a fragmentação dos conteúdos isoladamente, mas sim, trabalhar com o conhecimento globalizado e contextualizado enfocado na interdisciplinaridade.


III - OBJETIVOS

Objetivo Geral:
Ampliar e promover atividades que estimulem o hábito e o gosto pela leitura, além do compromisso com o ato de ler, escrever e compreender diferentes tipos de texto.

Objetivos Específicos:
• Desenvolver uma integração entre a Língua Portuguesa e as demais disciplinas;
• Ler e interpretar diversos gêneros textuais;
• Identificar personagens e mensagens principais dos textos;
• Integrar com a diversidade de textos e perceber a utilização de cada um;
• Facilitar a compreensão de fatos históricos;
• Valorizar a leitura como fonte de prazer e entretenimento;
• Exercitar sua imaginação e fantasia através da leitura de poesias e contos;
• Estimular o senso crítico, a percepção auditiva e a memória musical;
• Expressar-se com ritmo e entonação adequados;
• Produzir textos verbais e não verbais com desenvoltura e sequência lógica.


IV - PROPOSTA METODOLÓGICA

Como ponto de partida para a execução deste projeto, sugere os seguintes passos:
 Iniciar com uma sondagem sobre o conhecimento do aluno relacionado aos contos, às poesias, às músicas, às imagens e outras tipologias textuais;
 Através de uma conversa informal, questionar o tipo de leitura de que os alunos mais gostam, falando da importância da leitura;
 Realizar diferentes dinâmicas para leitura de textos das diversas disciplinas;
 Propor a reescrita (individual ou coletiva) de um texto, inclusive fazendo uso da ortografia e da gramática em situações reais;
 Propor leituras de imagens (fotos, gravuras e pinturas), incentivando a busca de respostas para as seguintes perguntas: Qual a natureza desse documento? Quem o produziu? Quando? Com que objetivo? Como chegou até nós? Qual a questão central dele? Que tipo de mensagem o autor quer transmitir? Que avaliação você faz dele? Em sua opinião, existe algo que esteja subtendido nele? Como ele nos permite conhecer o passado? Entre outras;
 Selecionar e organizar textos diversos produzidos pelos alunos para uma possível publicação.

A proposta se constitui em duas linhas paralelas: Ciranda dos Livros (processo em anexo) no decorrer de todo o ano letivo e o gênero textual da unidade, priorizando as seguintes etapas.

 Poesias: 22/02 a 30/04/2010
 Textos epistolares e jornalísticos: 03/05 a 16/07/2010
 Fábulas e Contos Populares: 19/07 a 25/09
 Contos de Fadas: 27/09 a 19/11/2010
 Encerramento do Projeto, culminando com o Palco da Leitura (processo em anexo): novembro

Poesias:
O que se busca neste projeto é debater o trabalho com o texto poético, a partir de propostas didáticas realizadas em sala de aula. Espera-se poder aprofundar a discussão sobre a importância da poesia e mostrar como boas propostas de atividades podem ser extremamente enriquecedoras dos universos letrados de alunos das séries iniciais do Ensino Fundamental, tornando-os não somente ouvintes e apreciadores de poemas, mas também, produtores de poesia, além de despertar o interesse e o gosto pela leitura e pela escrita. É preciso mostrar que a poesia não é só para ler, é para desenhar, recortar, pensar, criar, colorir, brincar, enfim, aprender! Para tanto, deverá ser desenvolvido através de atividades diversificadas, dinâmicas e prazerosas, compreendendo:
• Roda de leitura diária;
• Músicas e paródias;
• Leitura e interpretação de poesias através das diversas metodologias;
• Produção de poesias coletivas e individuais a partir de temas estudados;
• Montagem de varal poético;
• Recital de poesias na própria sala ou em salas vizinhas.

Textos epistolares e jornalísticos:
O bilhete, o convite, a carta, o cartão postal... são instrumentos de comunicação da língua escrita. Aprender a escrever esses textos possibilita ao aluno a descoberta da função social da escrita. Diante disso, vale ressaltar que a produção da leitura e escrita dos mesmos permite aos alunos exercitar a interação verbal, pois propõem como condição, determinar: a quem se escreve, por que se escreve, sobre o que se escreve, como se escreve. Além disso, é importante também o trabalho com o jornal, por ser um portador de diferentes gêneros: textos opinativos, notícias, reportagens, dicas culturais, classificados, entre outros e trazer oportunidades de crescimento para o leitor em seu aprimoramento como cidadão. Hoje, os alunos têm acesso a essa linguagem por diferentes formas, inclusive por meio dos telejornais. O trabalho com a leitura desses textos tem como objetivo conhecer essas linguagens para ter uma visão mais crítica do mundo. Nesse sentido, propõe-se que:
• Solicite aos alunos que procurem, em casa, bilhetes, convites, cartões e cartas e levem-nas para a escola para leitura, análise e discussão;
• Oriente aos alunos a ler e escrever textos epistolares, como: bilhete, convite e cartão postal, apresentando seus elementos (emissor, destinatário e mensagem), cumprindo assim sua finalidade comunicativa;
• Misture as partes de uma carta ou bilhete para que os alunos identifiquem o que está inadequado, estruturando-a para que fique clara;
• Distribua uma carta, faltando um pedaço (parte) e solicitar que completem;
• Oriente os alunos à produção de situações concretas de uso dos textos epistolares:
 Construção de um correio na escola entre os colegas ou entre outras turmas;
 Escolha de um aluno para ser o carteiro de classe para, regularmente, uma vez por semana, fazer a distribuição;
 Reescritas coletivas, em duplas e individuais.
• Construa com os alunos uma ficha de autoavaliação com os elementos que não deve ser esquecido na produção do tipo de texto em estudo;
• Ao trabalhar com cartão-postal o professor deverá apresentar aos alunos vários modelos já preenchidos para que levantem hipóteses, ou seja, percebam que no verso da imagem, o espaço é dividido em duas colunas: a coluna da esquerda é ocupada pela mensagem do remetente e a da direita, com o endereço do destinatário. E que aprendam como preencher esses espaços;
• Organize uma caixa com pequenas notícias para leitura independente dos alunos;
• Oportunize a roda de curiosidades, em que os alunos contam e comentam o que ouviram nos telejornais ou leram em jornais e revistas;
• Trabalhe com os alunos as características do texto jornalístico: o quê? Quem? Quando? Como? Por quê? E levá-los a compreender que a distribuição da informação se dar através de fotos, legendas, mapas, números, tabelas, manchetes, todos os elementos que integram o jornal;
• Organize, junto com os alunos, um jornal-mural ou outro tipo de jornal utilizando notícias locais, da educação, de um acontecimento, de um fato histórico marcante, etc., ampliando a memória da cidade.

Fábulas e Contos Populares:
As fábulas e contos, pelas suas características linguísticas e textuais, mas também por seu conteúdo temático, têm sido apreciadas há muito tempo na literatura universal. Na escola, sua leitura pode oferecer aos alunos, principalmente para aqueles que ainda não dominam a leitura e a escrita, uma interação com o mundo letrado e ficcional de ótima qualidade literária. Neste projeto, discute-se as possibilidades deste trabalho e as riquezas destes textos. Para tanto, sugere que:
• Inicie o trabalho com a leitura de fábulas, como “A cigarra e a formiga” de Jean de La Fontaine. Proponha leituras coletivas e individuais e discussões que envolvam toda a turma. Chame a atenção para algumas características específicas deste gênero textual: presença de animais com características humanas, narração curta, mas com início, meio e fim, uma mensagem ou ensinamento moral como desfecho da história;
• Inicie as aulas por alguns dias com a leitura de uma fábula ou conto, ora trazida por eles, ora pesquisada pela professora. Crie situações de discussão sobre os textos lidos, que podem ser realizadas em grupos ou com toda a turma;
• Apresente aos alunos diferentes versões de uma mesma fábula;
• Reproduza por escrito uma fábula lida pelo (a) professor (a), mantendo a sequência dos fatos;
• Faça uma pesquisa entre os alunos de sua fábula preferida, colocar o resultado numa tabela e depois transformá-la em gráfico. Expor na sala;
• Crie novas fábulas com questões do dia-a-dia e ilustrá-las;
• Ilustrem fábulas e contos populares;
• Trabalhe com texto fatiado;
• Enumere sequências de cenas da história;
• Monte um mural com as fábulas ou contos populares criados ou trabalhados.

Contos de Fadas:
Os contos estão envolvidos no maravilhoso mundo das crianças e partem de uma situação real e concreta, para proporcionar emoções e vivências significativas. Neste gênero aparecem seres encantados e elementos mágicos pertencentes a um mundo imaginário que todas as crianças se encantam. Por meio de linguagem simbólica dos contos, a criança vem a construir uma ponte de significação do mundo exterior para seu mundo interior, aprendendo valores, refletindo sobre suas ações, desenvolvendo seu senso crítico, sua criatividade, sua expressão e linguagem. Assim é proposto:
• Listar os contos de fadas que eles já conhecem;
• Analisar os contos de fadas, observando: estrutura textual (narrativa), temporalidade, linguagem própria diferente do cotidiano, descrição de cenários e personagens, presença do conflito (bem e mal), resolução de conflitos levando a um final feliz, presença de elementos fantásticos (bruxas, fadas, anões, magos, gigantes...) e analisar as características das personagens na história;
• Proporcionar momentos de leitura em roda e reconto de histórias já ouvidas;
• Identificar os valores encontrados nas personagens das histórias.
• Solicitar que as crianças desenhem as histórias à medida que são lidas, para fins de ilustração;
• Propor que as crianças ouçam com atenção a narrativa de contos de fadas (CD);
• Fazer gráficos com as personagens e contos favoritos da turma;
• Desenvolver produção de texto com as características dos contos de fadas e ainda, a partir da técnica “Fábrica de Contos” , bem como produzir fantoches a partir dos textos produzidos para uma dramatização.
• Realizar uma votação na sala a fim de escolher um filme que aborde contos de fadas renovados para assistir em aula, entre opções como: Shrek, Deu a louca na Chapeuzinho, A nova Cinderela ou Encantada. Verificar, anotar e discutir as diferenças e semelhanças entre o conto de fada tradicional e o que é veiculado na obra cinematográfica, elaborando-se um quadro comparativo que ficará exposto no mural.
• Dividir a turma em pequenos grupos e oferecer para cada grupo um conto de fadas clássico (Exemplos: “A Bela e a Fera”, “Pinóquio”, “A Pequena Sereia”, “Alladin”, “Cinderela”, “Chapeuzinho Vermelho”, “Rapunzel”, “Branca de Neve”, “O Pequeno Polegar”). Depois de realizadas as leituras, cada grupo divulga/expõe seu conto para a turma; caso achem interessantes, poderão também apresentá-las em forma de teatro, encenando para as outras turmas da escola.
Obs.: Além dos gêneros indicados, valem outros que tratem de assunto de interesse do momento e das crianças; É importante frisar que a música deve se trabalhada constantemente, assim como os diferentes valores embutidos nos diversos gêneros textuais.

V - RECURSOS

Humanos: Direção, professores, alunos e colaboradores.
Materiais: Aparelho de som, TV e DVD, CDs e DVDs; livros didáticos e paradidáticos; textos mimeografados e/ou xerocados; produções dos alunos; jornais e revistas; documentos escritos e iconográficos (fotos, gravuras e pinturas); fichas/envelopes e papeis diversos: cartolina, madeira, ofício; TNT, tesoura, cola, tinta, pincel, lápis de cor material de sucata (tubos de linha, lã, botões, etc.)

VI – AVALIAÇÃO
A avaliação ocorrerá de forma processual e progressiva, de modo a verificar o desempenho, a participação, o interesse e a aplicação do estudante no cumprimento das atividades, leituras e discussões, além da interação e empenho em seu grupo de trabalho. Serão utilizados diversos instrumentos de avaliação, como: observação, análise conjunta do que se realizou, registros nas fichas de monitoramento, autoavaliação, socialização dos conhecimentos construídos, assim como as habilidades desenvolvidas.



VII- REFERÊNCIAS

MEC. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. MEC/SEF: Brasília, DF, 1997.

MOÇO, Anderson. Gêneros, como usar. In: Revista Nova Escola, Ano XXIV, Nº 224, ago/2009.



VIII – ANEXOS

PROCESSO 01: CIRANDA DE LIVROS
FINALIDADE:
1 - Realizar um trabalho coletivo, onde haja o envolvimento de todos os alunos em sala de aula, incentivando-os ao hábito da leitura e da escrita; 2 - Estimular a integração e participação dos pais na vida escolar dos filhos.
PASSOS:
1 - Através de uma ciranda de livros feita com os alunos na sala, será montada uma espécie de biblioteca;
2 - A professora baseada em conhecimentos obtidos de suas interações com os alunos organiza a lista dos livros e cada um lerá um livro por semana;
3 - Os alunos serão orientados a lê-los, participando do projeto de leitura “Interdisciplinaridade em Ação”.
4 - Na sexta-feira, cada um responderá a uma atividade escrita mediada pela professora ou fará um relato do livro para os colegas e dará sua opinião sobre o mesmo.
5 – A professora, juntamente aos alunos, preencherá a ficha de monitoramento dos livros lidos;
6 – Os alunos deverão trocar de livro semanalmente para que sejam levados para serem também lidos em casa, no final de semana, com a ajuda e participação dos pais ou outro familiar.

PROCESSO 02: PALCO DA LEITURA
FINALIDADE:
1- Desenvolver a prática da leitura em sala de aula e permitir que o aluno tenha mais intimidade com livros e os diversos gêneros textuais; 2 – Dramatizar, ler ou declamar com boa dicção, tonalidade de voz, respeitando a pontuação, a fim de que todos ouçam e entendam a dramatização, a declamação ou o texto lido.
PASSOS:
1. Numa reunião, a equipe de liderança e os professores deverão selecionar o gênero a ser apresentado por cada turma;
2. Escolher os textos com os alunos que possam ser apresentados no PALCO DA LEITURA (os textos devem ser diversificados e não devem ser muito longos).
3. Ensaiar com os alunos a leitura dos textos escolhidos (entonação, postura, dicção, pronúncia das palavras, tom da voz).
4. Estabelecer o dia com os professores em que ocorrerá o PALCO DA LEITURA;
5. Inscrever os alunos para apresentação no palco.
6. Elaborar plano de ação para o evento (3 Q’s), abordando: inscrição, arrumação do palco e do local do evento e apresentação do evento (locução), entre outras ações;
7. Realização do evento.